Thursday, September 07, 2006

O dia em que te chamei Estrela...

-Olha ali! - exclamava eu perante o olhar atento de alguém, enquanto juntos observavamos aquele céu de uma qualquer noite de Verão.
-Onde? Não vejo nada...
-Não vês? Aquela estrela ali, aquela(!) tem um brilho diferente. É um brilho especial... e tem formas tão... simétricas, tão perfeitas, tão... diferentes.
-As estrelas são todas iguais... - defendia tentando explicar-me que não havia nada de especial naquele feixe de luz.
- Como é possível não veres... aquela é diferente! Procurarás em todo o universo e por certo não irás encontrar aquele brilho. Aquela estrela sorri, muda de forma, brilha de uma forma tão elegante... torna-se fácil distingui-la de todas as outras. São todas tão iguais, agem da mesma forma, fazem todos os dias o mesmo... e não têm o brilho - insistia - aquele brilho tão singular...é qualquer coisa de anormal, é qualquer coisa que vem de dentro.

A partir daquela noite, não mais perdi a minha estrela. Arranjara "telescópios" para que durante o dia nunca perdesse o seu lugar, e desesperava por ver, nem que por um só segundo fosse, a sua luz durante o dia, porque se ela era como eu pensava, não iria haver sol que lhe pusesse cobro, e mesmo durante o dia, sempre que eu mais precisasse, ela iria dar-me um sinal continuando a dizer:"Estou aqui...".

Pelo anoitecer, a cada dia, lá estava eu, sentado no terraço, de olhos postos no céu, tivesse sido um dia mais ou menos solarengo para mim, esperando apenas que tu surgisses, que me fizesses um sinal. Apenas um "olá" chegava-me, mesmo que tímido, mesmo que apressado, apenas e só, como que por magia, dando-me esperança para que na noite seguinte voltasse a estar ali só para te ver, para que me encantasses, para que brilhasses, e me contagiasses. Porque eu também queria ser como tu, e luzir no meio da escuridão, mesmo mais do que os "outros" astros costumam fazer, queria brilhar... contigo!

Wednesday, September 06, 2006

Eu amo-te! Juro...


No escuro da noite, em cada estrela que se avista ao longe, penso/pensamos como ela poderia ser mais bela, como aquele céu, aquela noite, aquele luar, ou mesmo o simples estrídulo dos grilos que se ouve por entre as ervas que junto a mim/a nós parecem querer dizer algo mais.
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A noite faz questão de me/nos fazer sentir cada momento. "Sofre!", parece dizer-me/dizer-nos ele, enquanto exige que sinta cada segundo, cada minuto, para que sinta o quão estúpido sou/somos sozinho(s), para que sinta o quão estúpido fui(e agora sem/) quando pensei que estava bem sozinho, quando acreditei que me bastava a tua amizade. Podia-te dizer em que é que penso quando estou a adormecer, ou simplesmente o primeiro pensamento do acordar, ou no que me sentimento que me persegue a cada hora do dia, mas tudo isso me parece banal, completamente insignificante, pelo menos comparado contigo, tu, tão diferente, não acharia correcto comparar-te a estas banalidades originais de uma qualquer paixoneta inocente.